
Parei para ouvir Legião Urbana - banda de rock dos anos ’80 -, relembrei grandes sucessos do rock nacional - prefiro nossas músicas a enlatados norte americanos.
Eu estou em tempos difíceis: meu carro quebrou, atrasou meu pagamento, e a critica pegou pesado comigo (claro que injustamente).
Percebi que o Renato tinha mesmo razão: Por que às vezes é mais forte quem sabe mentir?
“Viajar” no rock foi relembrar a adolescência e inicio da juventude: eu tocava bateria, e era “super punk”. ‘Viajar no rock’, foi reviver aquela fase da juventude que, mais ou menos temos responsabilidade, e acima de tudo, foi relembrar dos amores da vida, coisas que deixamos para trás quando crescemos. Aí vem as contas, os filhos, o carro quebrado e uma divida inesperada.
Acho que envelhecer é isso: deixar para trás indevidamente, as coisas boas da juventude, e depois só viver de saudades. Mas eu não quero deixar nada para trás, não quero ‘encaretar’, não quero envelhecer. Tenho os meus compromissos, mas não vou largar a minha juventude. “Podem até maltratar meu coração, porque meu espírito ninguém vai conseguir quebrar”.
O tempo trás mais do que experiência, trás também novas oportunidades. Alias essas coisas, só são possíveis, em minha opinião, graças às aventuras vividas em outras épocas.
Ah o tempo! Senhor das razões humanas. Que concerta tudo. Ou às vezes se torna um intervalo, longo, e que uma hora tem que ter um fim, porque o espetáculo - da vida - deve continuar.
O tempo pode levar tudo de nós, mas não pode matar os nossos sonhos. Afinal, "somos tão jovens".
Homenagem a Renato Russo que completaria 50 anos em 27 de março.
Renato Manfredini Junior *1960 _ +1996