segunda-feira, 16 de novembro de 2009

LADRÃO ATRAPALHADO

Corta o braço e furta tênis de pares diferentes

Preste atenção neste fato que ocorreu recentemente em Jacarezinho-PR.
Um jovem foi preso por furtar uma loja de calçados em jacarezinho na tarde de domingo (08/11). Para o trabalho da policia um ato até que corriqueiro, não fosse pela forma do acontecido.
O ladrão em questão de iniciais A.S.V.C. (nome não divulgado pela policia), quebrou a vitrine da loja de calçados SAMPA com o braço (pode!) e levou um par de tênis da vitrine.
O rapaz não percebeu que os tênis não eram pares (tênis de vitrine, apenas um pé de cada modelo. Né!), mesmo assim os levou.
Depois do ocorrido ele, procurou o Pronto Socorro da Santa Casa, para tratar do corte proveniente da ação do furto, neste momento policiais estranharam o jovem de braço todo cortado e tênis nas mãos, sendo de pares diferentes. Numa abordagem foi constatado o flagrante de furto.
O ladrão atrapalhado quebrou a vitrine com o braço, furtou tênis de pares diferentes e teve a coragem (ou cara-de-pau) de procurar o Pronto Socorro. Só podia acabar atrás das grades mesmo. Agora o jovem está à disposição da justiça.

UM COMENTARIO POLITICO

Fui indagado por um professor na faculdade sobre o futuro político da minha cidade – devo informar de que não entendo de política, mas por educação, me esforcei em fazer uma análise -.
O tal professor me perguntou se a prefeita da minha cidade (moro em Jacarezinho) será candidata à deputada estadual. - Nunca conversei com a prefeita Tina sobre esse assunto, respondi. Mas em minha opinião não deveria.
Ele se espantou.
Bem como eu disse, não entendo de política, mas vou tentar me justificar. A prefeita Tina é uma pessoa admirável, conseguiu uma reeleição, nenhum outro prefeito conseguiu este feito em Jacarezinho. Isso tudo sendo mulher (é inegável que vivemos em um mundo machista). No final deste segundo mandato, serão oito anos à frente da “capital estudantil do Norte Pioneiro”. Repito um feito que é admirável e para tanto, requer competência.
No entanto o “território eleitoral” da prefeita parece ser somente o município de Jacarezinho. No meu ponto de vista, é mais coerente apoiar alguém realmente forte para o estado, federal e governo (devo lembrar que a prefeita Tina Tonet pertence ao Partido dos Trabalhadores – PT).
E ainda terá concorrência, é confirmado que Doutor Nilton será (muito possivelmente) candidato pelo DEM (democratas), o mesmo partido de Abelardo Lupion. O que pra mim faz muito sentido. Não há nada a se dizer de contrário (ou ruim) da pessoa de Nilton (o mesmo se diz da pessoa da prefeita),e o doutor terá como “território”, Jacarezinho. E se faz uma “dobradinha” por aqui: Doutor Nilton para o estado, Pedro Lupion para federal e Abelardo para o senado. O que não quer dizer vitória para o doutor, mas sim, uma espécie de “termômetro” para as próximas eleições municipais. Não vejo uma outra razão de ser.
E para ficar mais interessante, teremos também a chefe do Núcleo Regional de Educação, a professora Ana Lucia Bacon. Ou alguém duvida de que ela virá forte? mesmo que também seja um “termômetro” para as eleições municipais, a professora vai vir com força para conseguir uma cadeira na assembléia legislativa. Mas isso será uma outra historia...

Obs. Lembro apenas de que é a opinião deste escritor de blog’s não de um entendedor de política.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Capacidade de mudar (como as crianças)

Chego em casa, já é pouco mais da meia-noite. Minha esposa está deitada no quarto do meu filho, tentando o fazer dormir. Sem sono (e sem fome), vou para a cabaceira da cama e começo a ler MENINAS DA NOITE (um livro do jornalista Dimenstein que fala sobre a prostituição infantil).
Lá pelas tantas da noite sou interrompido por um “pingo de pessoa” todo de azul, cutucando o meu pé e, como quem quer puxar assunto, me diz com um sorriso do tamanho do mundo: “Oi”?
Aquele ser de pouco mais de um metro (pelo menos eu acho que ele tem mais de um metro), tira toda a minha atenção. Bom, ele foi até meu quarto pra conversar, então tudo que vê aponta como se fosse novidade para nós dois: cortina, quadros, barata morta, fotos (sim, havia uma barata recém ‘defunta’ no canto do quarto), meu tênis, exatamente tudo. Não satisfeito, meu filhote resolve subir na cama, nessas alturas já parei de ler faz muito tempo, e não me lembro mais nem em que página estou.

Ele parou o meu planeta!

Como uma coisinha tão pequena muda a rotina de jornalistas, médicos, doutores, professores e donas de casa. Não nos damos conta de que toda a nossa correria é para melhorar o “mundo” ou pelo menos a nossa rua, para que outras pessoas usufruam de um lugar melhor para se viver (por que a gente dificilmente consegue). Onde se possa apontar para as coisas, e tudo ser motivo para um bom diálogo, sem receios ou banalidades, um lugar quase perfeito, não fosse pela barata morta no canto do quarto – é o jogo da vida.
Pois bem, quando ele se cansou, saiu sozinho da cama e voltou para os braços da mãe, então reencontrei a página que havia parado e sai do meu mundo, e voltei, para uma realidade gritante e assustadora. Um Brasil negro e real, de meninas perdidas na prostituição na região Amazônica.

DIA DE FINADOS – “FEIRA DE FINADOS”

05h00min da manhã Dona Eva F. Antonio se prepara para a procissão de finados, a primeira do dia. Ela e outros fiéis partem do bairro Aeroporto, em Jacarezinho, em direção ao Cemitério Municipal, são oito km de caminhada e orações, pelas almas dos que já morreram. A chegada no cemitério é marcada pela primeira, de três missas celebradas no local.
O dia de finados é assim: uma tradição, um momento para reflexões, marcado também com flores e velas.
Durante todo o dia muitas pessoas, uma incontável multidão, passam para visitar seus entes que já morreram, fazem suas orações e voltam pra casa.
Em todas as crenças, lembrar dos mortos é fazer com que a vida seja inesquecível.
Mas toda essa peregrinação não é assim tão simples. Na subida da Alameda Pe. Magno, bem depois da AABB, o trânsito foi desviado, uma outra rua dá acesso ao campo santo. Com carros estacionados dos dois lados, fica estreita a passagem para outros carros quem andam nas duas direções.
Várias pessoas se encontram do lado de fora do cemitério, e o que também chama a atenção é o comercio que se forma nesta data. Barracas de flores, velas, espetinhos, lanches, inúmeros caminhões de melancia, uma barraca da oração. “Uma feira de finados”. Crianças pedem moedas para cuidar dos carros no estacionamento, dois homens, com sacolinhas, pedem donativos (dinheiro) para o Asilo da Cidade. Quem quer vender oferece, sua mercadoria aos berros.
Embora todo esse agito encontramos várias pessoas como a Dona Eva, que só busca um canto de sossego para rezar pelos seus mortos.
No retorno pra casa uma cena que me atento e é no mínimo coincidente, um cortejo fúnebre. Mais carros e pessoas e choro de saudade, disputará um espaço nesse cenário.
O finado sempre me traz uma simples reflexão: todos nós morremos, e aqui ou em outro lugar - ou em outro mundo, a vida continua...