sexta-feira, 6 de novembro de 2009

DIA DE FINADOS – “FEIRA DE FINADOS”

05h00min da manhã Dona Eva F. Antonio se prepara para a procissão de finados, a primeira do dia. Ela e outros fiéis partem do bairro Aeroporto, em Jacarezinho, em direção ao Cemitério Municipal, são oito km de caminhada e orações, pelas almas dos que já morreram. A chegada no cemitério é marcada pela primeira, de três missas celebradas no local.
O dia de finados é assim: uma tradição, um momento para reflexões, marcado também com flores e velas.
Durante todo o dia muitas pessoas, uma incontável multidão, passam para visitar seus entes que já morreram, fazem suas orações e voltam pra casa.
Em todas as crenças, lembrar dos mortos é fazer com que a vida seja inesquecível.
Mas toda essa peregrinação não é assim tão simples. Na subida da Alameda Pe. Magno, bem depois da AABB, o trânsito foi desviado, uma outra rua dá acesso ao campo santo. Com carros estacionados dos dois lados, fica estreita a passagem para outros carros quem andam nas duas direções.
Várias pessoas se encontram do lado de fora do cemitério, e o que também chama a atenção é o comercio que se forma nesta data. Barracas de flores, velas, espetinhos, lanches, inúmeros caminhões de melancia, uma barraca da oração. “Uma feira de finados”. Crianças pedem moedas para cuidar dos carros no estacionamento, dois homens, com sacolinhas, pedem donativos (dinheiro) para o Asilo da Cidade. Quem quer vender oferece, sua mercadoria aos berros.
Embora todo esse agito encontramos várias pessoas como a Dona Eva, que só busca um canto de sossego para rezar pelos seus mortos.
No retorno pra casa uma cena que me atento e é no mínimo coincidente, um cortejo fúnebre. Mais carros e pessoas e choro de saudade, disputará um espaço nesse cenário.
O finado sempre me traz uma simples reflexão: todos nós morremos, e aqui ou em outro lugar - ou em outro mundo, a vida continua...

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